Os que amei,onde estão?idos,dispersos, Arrastados nos giros dos tufões, Levados,como em sonho,entre visões, Na fuga,no ruir dos universos... E eu mesmo,com os pés também imersos Na corrente e à mercê dos turbilhões, Só vejo espuma lívida, em cachões, E entre ela,aqui e ali,vultos submersos... Mas se paro um momento,se consigo Fechar os olhos,sinto-os a meu lado De novo,esses que amei: vivem comigo, Vejo-os,ouço-os e ouvem-me também, Juntos no antigo amor,no amor sagrado, Na comunhão ideal do eterno Bem. Antero de Quental " Sonetos" |
1 comment:
Vim cá dar uma olhada no Outro Refúgio. E está muito bem com o Antero de Quental logo à entrada.
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