Sunday, June 18, 2006

Até amanhã

Sei agora como nasceu a alegria,
Como nasce o vento entre barcos de papel,
Como nasce a água ou o amor
Quando a juventude não é uma lágrima.

É subitamente um grito,
Um grito apertando nos dentes,
Galope de cavalo num horizonte
Onde o mar é diurno e sem palavras.

Falei de tudo quanto amei
De coisas que te dou
Para que tu as ames comigo:
A juventude,o vento e as areias.

Eugénio de Andrade

1 comment:

Anonymous said...

euGÉNIO de andrade.... um verdadeiro génio...
deu uma rápida vista de olhos nos teus blogs e este foi aquele k mais me identifiquei...
descobri pelos teus comments no blog da carla, uma amiga minha e agora descobri k somos vizinhos do nuorte embora viva em coimbra... continua o bom trabalho...