Sunday, May 28, 2006

Lembrança de perder tudo

o teu rosto transformou-se na noite interminável
que atravessa cada tarde,cada tarde,cada tarde
interminável.

o rio de fumo que levava o teu nome para para as
estrelas desapareceu dentro de dentro
da minha tristeza.

e o teu rosto era tudo o que tinha.e o teu nome era
tudo o que tinha.tu eras tudo.tudo.e tudo é agora
mais do que tudo.

José Luís Peixoto " A casa, a escuridão "

Thursday, May 11, 2006

E somos Severinos
Iguais em tudo na vida,
morremos de igual morte,da mesma morte.
Severina
Que é a morte que se morre
De velhice antes dos trinta,
De fome um pouco por dia
De fraqueza e de doença é que a morte severina ataca toda a qualquer
idade,e até gente não nascida

João Cabral de Melo Netto