Thursday, December 20, 2007

A cada não que dizes


Deita-te em mim,

Descobre onde estás,
Escuta o silêncio,
Que o meu corpo te traz
.Não me deixes partir,
Não me deixes voar,
Como um pássaro louco
Como a espuma do mar.


Sente a força da noite
Como facas no peito,
Como estrelas caídas
Que te cobrem o leito.
Tenho tantos segredos
Que te quero contar
E uma noite não chega,
Diz que podes ficar.


Dá-me o tempo,
Dá-me a paz,
Viver por ti não é demais.
Dá-me o vento,
Dá-me a voz,
Viver por ti,
morrer por nós.


Enfim nós os dois,
Os teus gestos nos meus,
Perdidos no quarto
Sem dizermos adeus.
Adiamos a noite,
Balançamos parados,
Pela última vez
Os nossos corpos colados.

Sente a força que temos
Quando estamos assim,
Um segundo é o mundo
Que nos separa do fim.
Porque tens de partir
Quando há tanto a dizer?
Eu não sei começar,
Não te quero perder.

Refrão(Eu gosto das formas que tomas
,Como o toque do cristal,
E dos vidros, dos poemas,
Da febre do metal)


Pedro Abrunhosa

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