Com medo de o perder nomeio o mundo,
Seus quantos e qualidades,seus objectos,
E assim durmo sonoro no profundo
Poço de astros anónimos e quietos.
Nomeei as coisas e fiquei contente:
Prendi a frase ao texto do universo.
Quem escuta ao meu peito ainda lá sente,
Em cada pausa e pulsação,um verso.
Vitorino Nemésio "Quinze poetas portugueses do séc.XX"
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