Num mundo definido,ninguém sabe o que quer.
Num lugar onde todos se conhecem, ninguém se conhece a si próprio.
Onde há leis e sentenças, ninguém define o bem e o mal.
Mudam-se os tempos, mas a mentalidade antiga perdura por longos anos.
Num mundo enorme, o nosso espaço é limitado eo tempo escasso.
Para além da imaginação não há mais nada a não ser o vazio.Vazio esse onde todos habitam.
Em busca do sentido da existência,perdem-se os sentidos.
Onde dantes tudo era imaginação, é agora uma realidade onde tudo é imaginário.
Nada é certo onde tudo está errado.
Na incerteza da identidade há uma certeza : não se saber quem se é.
O valor da vida é não valer nada, nem ser apreciável.
Onde todos estão não há ninguém a não ser a solidão.
O significado das palavras é não terem absolutamente nenhum significado.
Não há definiçaõ para nada, mas incerteza para tudo.
Na incerteza do tudo e do nada, onde queremos estar não há lugar para nós.
Vale a pena pensar nisto ou não ????
Wednesday, December 28, 2005
Saturday, December 10, 2005
Poema de Natal
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos-
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será a nossa vida
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos-
Por isso precisamos velar
Falar baixo. pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai-
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixam graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a perticipação da poeisa
Para ver a face da morte-
De repente nuca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte apenas
Nascemos, imensamente
Vinicius de Moraes " Operário em construção"
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos-
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será a nossa vida
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos-
Por isso precisamos velar
Falar baixo. pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai-
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixam graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a perticipação da poeisa
Para ver a face da morte-
De repente nuca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte apenas
Nascemos, imensamente
Vinicius de Moraes " Operário em construção"
Subscribe to:
Posts (Atom)