Friday, May 30, 2008
Sunday, May 25, 2008
Tuesday, May 13, 2008
Pára, diz ela. A culpa não é minha.
Nem minha. Digamos que temos que pagar pelos pecados dos nossos pais.
Isso é desnecessariamente cruel, diz ela com frieza.
E desde quando é a crueldade necessária? Pergunta ele. E em que quantidade? Lê os jornais, não fui eu que inventei o mundo.
Margaret Atwood “o assassino cego”
Nem minha. Digamos que temos que pagar pelos pecados dos nossos pais.
Isso é desnecessariamente cruel, diz ela com frieza.
E desde quando é a crueldade necessária? Pergunta ele. E em que quantidade? Lê os jornais, não fui eu que inventei o mundo.
Margaret Atwood “o assassino cego”
Friday, May 09, 2008
Sunday, May 04, 2008
Thursday, May 01, 2008
Ignoto Deo
Senhor! Eu sou teu filho! Eu sou aquele
Que tanta vez pecou, porém, contrito,
Tanta vez tem erguido a ti o grito
Da água que o tufão no alto compele.
E a águia sofre também, como ave imbele,
E mais que ela (que pões mais alto o fito)
Mas da águia, que lutou, o brado aflito,
Senhor! O teu ouvido não repele.
Eu não caio, meu Deus, sem ter lutado;
Fraco sou, porque sou de barro e limo,
Porém na tua lei medito e cismo.
E eu sou teu filho! A um filho desgraçado
Que há-de um pai recusar? Oh, dá-me ânimo,
Estende-me a tua mão por sobre o abismo
Antero de Quental " Sonetos"
Que tanta vez pecou, porém, contrito,
Tanta vez tem erguido a ti o grito
Da água que o tufão no alto compele.
E a águia sofre também, como ave imbele,
E mais que ela (que pões mais alto o fito)
Mas da águia, que lutou, o brado aflito,
Senhor! O teu ouvido não repele.
Eu não caio, meu Deus, sem ter lutado;
Fraco sou, porque sou de barro e limo,
Porém na tua lei medito e cismo.
E eu sou teu filho! A um filho desgraçado
Que há-de um pai recusar? Oh, dá-me ânimo,
Estende-me a tua mão por sobre o abismo
Subscribe to:
Posts (Atom)